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Projetos paranaenses são contemplados no Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidadade


O prêmio Juliana Santilli é uma iniciativa do Instituto Socioambiental da Associação Bem-Te-Vi Diversidade e da Editora Mil Folhas do IEB, e tem como objetivo premiar iniciativas, indivíduos ou coletivos, que fazem a diferença, promovendo a ampliação, a conservação, o acesso, a distribuição ou o uso de produtos da agrobiodiversidade

Ilustração: Sylvia Bahi

Dois projetos paranaenses foram contemplados na premiação, Rede Sementes da Agroecologia (ReSa), que tem atuação em diversos municípios do Paraná, e também composta por várias organizações, recebeu um selo de reconhecimento pela iniciativa na atuação da agrobiodiversidade. O projeto da ReSa tem como objetivo fortalecer a preservação, o resgate, a produção, a reprodução, o melhoramento, a comercialização e a troca de sementes locais, tradicionais ou crioulas.

A premiação é dividida em três categorias, duas que contemplam as iniciativas relacionadas a produção e o uso da agrobiodiversidade, a terceira a premia uma publicação de obra sobre o tema.

O projeto, também paranaense, do Assentamento Agroflorestal José Lutzenberger, do MST, localizado em Antonina, no litoral norte do estado, foi o premiado da categoria 1, que contempla iniciativas que promovem a ampliação e conservação da agrobiodiversidade.

O projeto concilia a produção de alimentos livres de agrotóxicos com a recuperação da Mata Atlântica da região, “uma iniciativa de vida para as florestas e para as pessoas que nela vivem”, nas palavras dos proponentes. Nessa categoria, outras cinco iniciativas, receberam o selo de reconhecimento do Prêmio Juliana Santilli.

Na categoria 2, que contempla iniciativas que promovem e estimulam a agrobiodiversidade em experiências de economia solidária e associativa, os premiados foram as lideranças do Território Tenonde Porã, com uma iniciativa que acontece na aldeia indígena Guarani Mbya, na Zona Sul de São Paulo.

Trata-se da Tembi´u Porã – Alimento Sagrado, projeto que recupera sementes dos alimentos sagrados e distribui as variedades recuperadas para outras aldeias Guarani Mbya. Também, nessa categoria, outras cinco iniciativas, receberam o selo de reconhecimento do Prêmio Juliana Santilli.

A categoria 3, em que o prêmio é a publicação do texto subtido pela Editora IEB – Mil Folhas, o vencedor foi a coletânea com o título “Práticas e saberes sobre agrobiodiversidade: a contribuição de povos tradicionais” que reune textos de Ana Gabriela Morim de Lima, Igor Scaramuzzi, Joana Cabral de Oliveira, Laura Santonieri, Marilena Arruda Campos e Thiago Cardoso.

Nessa categoria, o texto de Joana Braun Basse, “Viver de mato só, não dá! Relações ecológicas entre pessoas, mato e paisagem de uma experiência etnográfica junto a habitantes do Confim da Águas”, foi agraciado com uma menção honrosa.

Para cada categoria, foram concedidos também selos de reconhecimento às iniciativas que fazem a diferença na agrobiodiversidade.

A premiação será em Brasília no final de outubro, com a data ainda a ser confirmada. Confira aqui o resultado completo.



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