O que é Plataforma de Comunidades Locais e Povos Indígenas (LCIPP)?
A Plataforma de Comunidades Locais e Povos Indígenas (LCIPP) foi criada para fortalecer a voz e a participação desses povos na luta contra a crise climática. Seu objetivo é garantir que seus conhecimentos tradicionais e modos de vida sejam valorizados e considerados nas negociações globais sobre o clima.
A LCIPP foi estabelecida em 2015, durante a COP 21, e faz parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A ideia central é promover a troca de experiências e o uso dos saberes tradicionais nas ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Essa plataforma é importante porque reconhece o papel fundamental que povos indígenas e comunidades locais têm na proteção da natureza e na resposta às mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, busca corrigir uma injustiça histórica: esses grupos estão entre os mais afetados pela crise climática, mas raramente são ouvidos nas decisões que impactam suas terras e modos de vida.
Por isso, a LCIPP promove o diálogo, o compartilhamento de práticas sustentáveis e, principalmente, a participação ativa desses povos nos espaços internacionais de negociação climática.
A LCIPP é coordenada por um Grupo de Trabalho Facilitador (Facilitative Working Group), formado por representantes de governos e povos indígenas. Apesar de a plataforma se chamar “de Comunidades Locais e Povos Indígenas”, o grupo de trabalho ainda não conta com representantes diretos de comunidades locais, o que tem sido uma reivindicação importante para garantir a representatividade plena desses grupos.
Esse grupo é responsável por supervisionar as atividades da plataforma, organizar diálogos e eventos, e articular ações entre comunidades, governos e organismos internacionais. O objetivo é garantir que os saberes e experiências indígenas sejam realmente integrados às decisões sobre o clima em nível global.
Os objetivos da Plataforma são:
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Trocar saberes e práticas sustentáveis entre povos indígenas, comunidades locais e governos.
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Garantir a participação e a inclusão desses grupos nas decisões sobre políticas climáticas.
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Valorizar os conhecimentos e tecnologias tradicionais, reconhecendo seu papel na adaptação e na resiliência climática
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