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Na Jornada Nacional de Lutas, movimentos sociais do Paraná reivindicam assentamento de famílias e denunciam violação de direitos


Em Curitiba, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocupa Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No Sudoeste do Paraná, Movimento dos Atingidos por Barragens acampa em frente a obra de Usina Hidrelétrica e denuncia violação de direitos das famílias da região.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra acampa em frente ao Incra, em Curitiba, durante Jornada Nacional de Lutas. (foto: Wellington Lenon)

Reivindicações, denúncias de violação de direitos humanos e repúdio ao golpe que ataca a democracia brasileira são algumas das principais pautas das mobilizações que estão acontecendo em todo o país, nesta segunda-feira (5). As ações de diversos movimentos sociais fazem parte da Jornada Nacional de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Povos do Campo, das Águas e das Florestas.

No Paraná, cerca de mil agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Paraná (MST) acampam em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Centro de Curitiba. O movimento reivindica o assentamento das 10 mil famílias acampadas no estado, e se soma nas manifestações contra o governo de Michel Temer (PMDB).

Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também estão acampados, desde a madruga desta segunda-feira (05), na entrada principal da obra da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, localizada entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema.  Os manifestantes denunciam a empresa Neoenergia, dona de maior parte da usina, que está infringindo vários direitos humanos levantados pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana - dentre eles, a violação do Direito à justa negociação, tratamento isonômico, conforme critérios transparentes e coletivamente acordados.
 

Ações em outros estados

Em São Paulo, movimentos de moradia também promovem jornada por uma política estadual de habitação. Durante a madrugada, um prédio que não cumpre sua função social foi ocupado, no Centro da cidade. Entre outras coisas, os manifestantes pedem que o governador Geraldo Alckmin cumpra sua promessa firmada em 2013, onde se comprometeu a construir 10 mil unidades habitacionais em parceria com os movimentos sociais. Até o momento, nenhuma unidade foi construída.

Os movimentos de moradia também denunciam o Golpe que derrubou a presidenta eleita, Dilma Rousseff. Segundo ele, o novo governo já tem apontado que vai acabar com direitos e conquistas sociais, tais como o Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Sistema Único de Saúde (SUS) e Previdência Social, dentre outros.

Nesse cenário de golpe, 2 mil pessoas de treze entidades ligadas ao campo e a trabalhadores rurais ocupam o Ministério do Planejamento, em Brasília. Os manifestantes pretendem permanecer no local até o dia 7 de semente, como forma de chamar a atenção para as pautas da Jornada de Lutas Unitárias, além de pedirem também eleições diretas e a renúncia do presidente

 

 



Ações: Defensores e Defensoras de Direitos Humanos

Eixos: Terra, território e justiça espacial