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Governo do Paraná quer fechar Centro de Referência em Agroecologia


Para José Maria Tardin, integrante da Via Campesina, a tentativa do governador Beto Richa de desativar o CPRA “é um tremendo retrocesso”. Organizações e movimentos sociais divulgam uma petição pública que cobra a continuidade do Centro. Clique aqui, assine e divulgue!

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O corte de gastos anunciado nesta semana pelo governo do Paraná afeta diretamente a agricultura familiar e a agroecologia no estado. No pacote de medidas duramente criticadas está a proposta de extinção do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia - CPRA, autarquia da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento que trabalha pela promoção da agroecologia e da agricultura orgânica.

Criado em dezembro de 2005, o órgão tem a finalidade de ser um espaço autônomo e exclusivo de promoção da agroecologia, na perspectiva do desenvolvimento de pesquisas e formação aplicada em agroecologia para camponeses e técnicos. “Foi a primeira ação efetiva e concreta do governo do estado do Paraná em prol da agroecologia”, aponta José Maria Tardin, integrante da Via Campesina e da Escola Latino Americana de Agroecologia.

A atuação do CPRA se somou aos programas de assistência técnica desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, e de pesquisa, realizados pelo Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR. Segundo Tardin, o Centro ajudou a romper com o atendimento exclusivo dos interesses do agronegócio, recebendo demandas do campesinato e da agricultura familiar. Ao longo dos nove anos em funcionamento, atendeu diretamente mais de 15 mil pessoas.

Para o integrante da Via Campesina, a tentativa do governador Beto Richa de desativar o CPRA “é um tremendo retrocesso”, e está ligada às negociações feitas para vencer as eleições. “Esta medida somente se justifica por seu exclusivo compromisso com o empresariado do agronegócio, sobretudo neste momento pós-campanha eleitoral, onde o agro-negócio faz muito negócio através da política e dos candidatos”.

Caso o corte seja efetivado, será “[...] um total descaso e prejuízo ao campesinato, à agricultura familiar e aos milhões de paranaenses que havidamente buscam por alimentos saudáveis, agroecológicos”, lamenta Tardin.

Organizações e movimentos sociais divulgam uma petição pública que cobra a continuidade do Centro. Assine e divulgue: www.avaaz.org/po/petition/Assembleia_Legislativa_do_Estado_do_Parana_Rejeicao_da_proposta_de_extincao_do_CPRA/?miWrvdb




Eixos: Biodiversidade e soberania alimentar