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E-book 'Curitiba: transformações na ordem urbana' está disponível para leitura


capa_Curitiba2Fonte: Observatório das Metrópoles

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Observatório das Metrópoles lançou no dia 19 de novembro o e-book “Curitiba: transformações na ordem urbana” que analisa as principais mudanças e permanências, desafios e perspectivas verificadas na Região Metropolitana de Curitiba nas duas últimas décadas. Segundo as organizadoras do livro Olga Firkowiski e Rosa Moura, a metrópole de Curitiba viveu, no período 1990-2010, processos de periferização e segregação socioespacial, além da inexistência de uma gestão metropolitana. Já em relação às mudanças, destaque para novos arranjos econômicos e sociais, e intensificação da mobilidade pendular.

"CURITIBA: transformações na ordem urbana" retrata as principais mudanças e permanências, desafios e perspectivas verificadas na Região Metropolitana de Curitiba nas duas últimas décadas. Para tanto, analisa as transformações nas dinâmicas metropolitanas, quer as de natureza intrametropolitanas, quer as que alimentam as relações desta região metropolitana com a rede urbana brasileira, procurando observar as transformações na configuração espacial da metrópole e suas tendências, à luz da base conceitual sobre a metrópole contemporânea.

O livro, com 14 capítulos, está estruturado em três partes: o processo de metropolização; a dimensão socioespacial da exclusão/integração na RM de Curitiba; governança urbana, cidadania e gestão da região metropolitana.

A seguir alguns eixos de análise do livro sobre as permanências e mudanças na RM de Curitiba.

Urbanização e moradias informais

Observa-se a tendência de extensão da urbanização em direção às áreas mais periféricas, em municípios do entorno ao polo, distantes dos serviços e infraestrutura, caracterizadas por maior homogeneidade socioespacial. Ao mesmo tempo, intensifica-se a presença dos espaços informais de moradia em Curitiba, em especial pelo adensamento das favelas mais consolidadas, cuja densificação nas últimas décadas revelou a formação de uma estrutura socioespacial mais heterogênea e fragmentada, mais complexa em relação ao período que antecede a década de 1990.

Favelização e periferização

Embora os espaços informais de moradia, em especial as favelas, continuem sendo marcados pela precariedade da habitação e do assentamento, analisando-se as distintas tipologias socio-espaciais e suas localizações observa-se maior diferenciação dos perfis socioeconômicos dos seus residentes, com os de maior renda vivendo nas proximidades da porção central da aglomeração metropolitana, em loteamentos clandestinos, e os de renda mais baixa nas favelas e áreas mais distantes. Essa característica pode também ser considerada uma permanência, pois aponta a contínua periferização da parcela mais pobre da população, esteja ela morando em áreas formais ou informais.

Mobilidade Urbana e Rede de Transportes

Contemplando precariamente as demandas acentuadas pela elevação da mobilidade, as transformações do transporte apontam, entre os anos de 2000 e 2012, um crescimento de 20,17% na média de passageiros transportados nos dias úteis, acompanhado do crescimento de 11,75% da frota e de 6,93% das linhas da rede integrada de transporte (RIT). No entanto, o crescimento da oferta e do atendimento da RIT se realiza com parcialidade e inadequação da integração, pois não há relação entre o crescimento de passageiros, bastante restrito, e o elevado crescimento da população que realiza movimento pendular. Esse comportamento põe em xeque a reputação positiva do transporte urbano de Curitiba e principalmente da RIT, indicando possível demanda reprimida. Isso se evidencia no aumento da frota de veículos verificado no mesmo período, que aponta uma taxa de crescimento de 5,47% a.a. na frota de veículos de Curitiba.

Condições Educacionais e Condições Sociais

Há uma significativa correspondência entre o desempenho na Prova Brasil e as condições habitacionais e a tipologia socioespacial. Nos tipos médio e popular operário concentra-se a maior porcentagem de alunos com desempenho insatisfatório, deixando claro que a diferenciação e segmentação são características marcantes em relação às oportunidades educacionais na RMC e em Curitiba, e indicando a desigualdade da distribuição das oportunidades educacionais no território.

Programa MCMV

O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) sinaliza que a ação conjunta desses agentes na RMC está longe de reduzir as desigualdades no acesso à moradia. As maiores ofertas MCMV – Curitiba (66,56%) e São José dos Pinhais (18,50%) – não correspondem aos municípios com maior déficit habitacional relativo – Fazenda Rio Grande, Araucária (10%), Colombo e Almirante Tamandaré (9%). Os financiamentos também não correspondem ao segmento de menor renda, dado que na região ocorre uma concentração de empreendimentos na faixa de renda de 3 a 6 SM (45%), além de que a participação da faixa de 6 a 10 é maior do que a preconizada inicialmente pelo Programa.

 

Para download do livro "Curitiba: transformações na ordem urbana", acesse os seguintes links:

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INSTRUÇÕES para leitura do e-book

Para leitura no computador, utilize:

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